segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Canal da Mancha faz mais uma vítima

Canal da Mancha, poucos tentam e uns ainda morrem
Quem será o priomeiro cearense a concluir esse desafio? Será a Hedla Lopes, Kal Aragão ou outro atleta.

O Canal da Mancha é um dos maiores desafios (se não o maior) para nadadores de águas abertas de todo o mundo. Este braço de mar liga o sul da Inglaterra ao norte da França. É no Estreito de Dover, ponto mais afunilado do canal com 33 km de distância, que ocorrem as tentativas de travessia a nado. Grandes nomes das águas abertas já tiveram a honra de cruzar as míticas águas do canal, como os brasileiros Abílio Couto e Igor de Souza, por exemplo. Porém, essas águas que podem trazer glória, também podem reservar tragédias.
Conhecido pelas águas geladas e ventos frios, atravessar o Canal da Mancha requer bastante preparo físico e mental. É comum haverem desistências ou mudanças de data para as tentativas devido aos fatores climáticos. E infelizmente, mortes já foram registradas nessas águas. Em 1988, a experiente nadadora brasileira Renata Agondi faleceu após uma falha na rota de sua travessia. Ela se cansou demais e nadou por muito tempo na água gelada, contraindo uma forte hipotermia. E esta semana o Canal da Mancha registrou mais uma perda para o esporte.
Trata-se da nadadora inglesa Susan Taylor, que faleceu no último domingo tentando cruzar as gélidas águas do canal. Susan, de 34 anos, tentava realizar o feito visando arrecadar fundos para uma instituição beneficente de portadores de diabetes. Ela partiu da costa britânica e quando restavam apenas 1,5 km para ela chegar na França começou a se sentir mal e foi retirada da água pelo barco de apoio que a acompanhava. Equipes de resgate foram chamadas para prestar os primeiros socorros e levaram a atleta de helicóptero até um hospital, mas Susan não resistiu.
A causa da morte ainda não foi divulgada, mas pode ter sido por hipotermia, já que a temperatura da água no momento era de 15º C. Susan já havia disputado outras travessias antes, mas era a primeira vez que desbrava o Canal da Mancha. Para se proteger do frio ela usou gordura de ganso sobre a pele e o maiô. A Channel Swimming Association, entidade responsável pelas travessias no canal, publicou uma carta lamentando o fato e emitindo pesar pela morte de Susan.
Susan Taylor foi mais uma vítima do canal
Mas a tragédia não impediu que o objetivo da travessia fosse alcançado. Após a morte da nadadora aconteceu uma grande mobilização e muitas doações foram feitas para a conta da entidade beneficente que ela tentava ajudar através de suas braçadas. Este foi o último legado deixado por Susan Taylor.
Um dos trechos do canal
Por Guilherme Freitas
Fonte: swimchannel

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