Comecei a nadar competitivamente em 2008 no Tijuca Tênis Clube (RJ) e até meados de 2014 fiquei nas piscina, tendo disputado vários brasileiros e sendo até hoje recordista da Paraíba em algumas provas. Mas percebi que a distância de 1.500m já estava muito curta e migrei para a maratona aquática, onde me encontrei.
Logo no ano seguinte fui líder do ranking na categoria sênior do circuito da Copa Brasil e medalha de bronze no Rei e Rainha do Mar disputado em Fortaleza. Mais recentemente fui campeão geral do circuito da Copa Natal Hammerhead, que terminou no início deste ano. O próximo desafio será o Campeonato Brasileiro na Bahia, entre 16 e 18 de novembro, onde nadarei as distâncias de 10km e 5km.
Como sou formado em Educação Física pela Universidade Federal da Paraíba (2016) sou o responsável pelos meus treinos, tendo também a ajuda da técnica Valéria Menegaz. Para aguentar as longas distâncias treino seis vezes por semana, sendo cinco dias na piscina do Esporte Clube Cabo Branco/Acqua R1 em João Pessoa e aos sábados faço simulado no mar de 10km. Nestes treinos, tenho a companhia do Laércio Clayton (foto abaixo), da assessoria esportiva Clube Águas Abertas, que vai de stand up paddle ao meu lado dando suporte com a hidratação, alimentação e segurança.
O desafio principal nas provas de maratonas aquáticas é o desgaste físico e psicológico, já que são duas horas nadando em alta intensidade para completar os 10km. Existe, é claro, o fator natureza, já que as disputas são sempre realizadas em lago, represa ou mar e nem sempre as condições climáticas são as ideais. Desta forma, cada competição é uma superação diferente e que exige muito preparo.
O desafio principal nas provas de maratonas aquáticas é o desgaste físico e psicológico, já que são duas horas nadando em alta intensidade para completar os 10km. Existe, é claro, o fator natureza, já que as disputas são sempre realizadas em lago, represa ou mar e nem sempre as condições climáticas são as ideais. Desta forma, cada competição é uma superação diferente e que exige muito preparo.
Para quem opta por essa modalidade, o traje é um fator preponderante para o sucesso. O mais usado é o macacão completo, normalmente bem justo ao corpo, que tem boa flutuabilidade e permite que a postura durante o nado fique bem alinhada. A compressão melhora a circulação e normalmente essas roupas têm isolantes térmicos que ajudam a aguentar as baixas temperaturas climáticas e da água. Sem a roupa adequada, os atletas ficam mais na vertical, aumentando o arrasto e fazendo mais esforço. Isso acaba sobrecarregando o sistema geral e a pessoa sente dor na cervical, na lombar, nos músculos dorsais e do braço.
Os óculos adequados também são muito importantes. Nado com o Hydroflow, pois tem a opção fumê e espelhado. Além de ser muito confortável, a lente é dividida e aumenta a visão frontal, permitindo melhor alinhamento da cabeça e corpo durante o nado – não preciso levantar muito a cabeça para olhar. E os detalhes na orientação podem representar um grande diferencial no resultado final. Na Copa Hammerhead, por exemplo, estava em uma forte disputa com outro nadador, mas ele acabou se perdendo na orientação e venci a prova. Por isso é importante um óculos com bom anti-embaçante para garantir uma ótima visibilidade durante o trajeto.
Também uso a touca Record Breaker, pois ela fica bem justa na cabeça, o que reduz o arrasto. Mas o material é flexível e garante o conforto durante a prova, sem dor de cabeça! Para quem está iniciando na modalidade, é importante usar vaselina no pescoço e embaixo do braço para evitar assaduras. Não esquecer do protetor solar e da hidratação antes e após a prova.
Por Átila Brandão, atleta de maratonas aquáticas e atual campeão geral do circuito da Copa Natal Hammerhead.