sábado, 30 de outubro de 2010

Minha Morte Nasceu...

REFLITA UM POUCO SOBRE A MORTE COM ESSE BELO POEMA DE MÁRIO QUITANA.

Minha Morte Nasceu...

Para Moysés Vellinho

Minha morte nasceu quando eu nasci...
Despertou, balbuciou, cresceu comigo...
E dançamos de roda ao luar amigo
Na pequenina rua em que vivi

Já não tem mais aquele jeito amigo
De rir que, aí de mim, também perdi
Mas inda agora a estou sentindo aqui,
Grave e boa, a escutar o que lhe digo:

Tu que és minha doce prometida,
Nem sei quando serão nossas bodas,
Se hoje mesmo... ou no fim de longa vida...

E as horas lá se vão, loucas ou tristes...
Mas é tão bom, em meio às horas todas,
Pensar em ti...saber que tu existes!

Um comentário:

  1. Morte e Poesia

    Quando em mim tudo for silêncio
    e a própria via esvair-se
    nas esteiras das águas flutuantes,
    hei de buscar, no primeiro ancoradouro,
    o porto seguro para meus sonhos todos.
    Que importa que haja ondas revoltas,
    ameaçando um casco acorrentando.
    Quero respirar, no último momento,
    a esperança diluindo-se em espumas,
    espumas desmanchando-se em esperanças.

    Arita Damasceno Pettená

    By Érica Fernandes

    ResponderExcluir