segunda-feira, 22 de abril de 2013

Águas turvas no PRO16

Cielo idealizador do PRO16
Em abril de 2011, o campeão olímpico César Cielo anunciou um projeto revolucionário para a natação brasileira. Ao reunir um grupo de elite no PRO 16 (Projeto Rumo ao Ouro em 2016), ele pretendia repetir no país um modelo de treinamento de sucesso utilizado nos Estados Unidos, com equipe pequena e maior atenção do treinador, no caso Alberto Silva, o Albertinho, que comanda a Seleção Brasileira.
A iniciativa obteve êxito enquanto durou. Os integrantes — além de Cielo, Thiago Pereira, Nicholas Santos, Henrique Barbosa, André Schultz, Vinícius Waked, Tales Cerdeira e Leonardo de Deus — foram protagonistas nos campeonatos nacionais que participaram desde a formação do grupo.
Apesar do sucesso, o projeto teve que ser interrompido por falta de dinheiro para manter a equipe técnica. Os nadadores faziam uma espécie de “vaquinha” e contavam com o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), cedido pelo governo de São Paulo. Cielo bancava a maior parte do salário de Albertinho, e os outros atletas dividiam as demais despesas. Quando se viram sem clube, decidiram sair do grupo de elite. “Era uma situação de incerteza. Não dava para continuar com as despesas sem clube”, lamenta Nicholas Santos, ex-Flamengo.
Cesar Cielo está apostando em “novos” rumos para começar mais um ciclo olímpico. Mas nem tão novos assim. O campeão olímpico dos 50m livre em Pequim 2008 voltou a seguir os treinamentos de seu antigo técnico, o australiano Brett Hawke, que foi
técnico do ídolo brasileiro de 2007 a 2010, quando treinava e representava a Universidade de Auburn, nos Estados Unidos.
Há duas semanas, o brasileiro está cumprindo a programação planejada pelo treinador estrangeiro e que está sendo acompanhada de perto pelo seu assistente, o americano Scott Goodrich, em São Paulo.
Albertinho foi treinador de Cielo nas categorias de base e deixou o Pinheiros em 2011 para comandar o projeto do campeão olímpico: o PRO 16. Sem esconder a tristeza com a decisão do nadador de optar por outro técnico, Alberto Silva afirmou que a relação deles hoje é apenas cordial.

Nota do Blog: Ficamos triste por esse momento de incertezas que vive a natação de alto nível do Brasil, apesar de estarmos prestes a receber os dois maiores eventos esportivos do mundo, Copa do Mundo de Futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016, o esporte profissional de alto nível, o amador e até mesmo o esporte de base sofrem com a falta de políticas eficientes dos nossos governantes e a iniciativa privada tambêm muitas vezes só chegam "juntas" faltando apenas um ano para o evento acontecer. Isso é Brasil!

Fonte: sites Globo.com e Super Esportes

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