O
dia 03 de fevereiro de 2018 entrou para a história do esporte paraibano, mais
especificamente, para o esporte olímpico maratonas aquáticas, com a realização
da I Travessia Noturna de Jampa. A prova foi organizada pelo Prof. Laércio
Clayton, do Clube Águas Abertas, em parceria com o atleta Alfredo Pitú, do
Pitubarões Team. O evento reuniu 84
atletas na praia do Cabo Branco, em João Pessoa, e contou com muita diversão,
adrenalina e “olhos de gato” em meio à escuridão do mar!
Parte da turma antes do brienfing da prova. Foto: Castelo. |
Amizade
e Alegria
O clima de confraternização também reinou na chegada. Foto: Castelo |
A
prova
Ao soar
da corneta, os atletas partiram para o mar com muito entusiasmo: uns gritavam
de alegria, outros levantavam as mãos aos céus em forma de agradecimento, e
alguns faziam o sinal da cruz, externalizando suas crenças pessoais. Quem torcia
na areia da praia acabava contagiado pela emoção dos atletas e embalado por
aquele momento mágico sob a luz do luar. À medida que os atletas se distanciavam
da praia e entravam na escuridão do mar, o efeito da luz química verde deixava
as águas da praia do Cabo Branco iluminadas, criando um belo efeito visual para
quem acompanhava a prova de fora.
O mar
calmo e a aglomeração dos participantes ajudavam a criar uma sensação de
segurança, afinal de contas, mesmo com as águas iluminadas pela luz da lua, a
escuridão era quase que total, sendo possível identificar apenas silhuetas em
meio ao balanço das ondulações. Primeiramente, os participantes deveriam se
afastar da praia em direção à primeira boia chamada de “coxinha”. Após cerca de
300m eles chegaram à boia coxinha, contornando-a com o ombro esquerdo, e
partiram paralelamente à praia em direção ao local de chegada. Durante esse
trecho da travessia, os nadadores se dispersaram um pouco, já não existiam
atletas por todos os lados e até uma ondulação um pouco maior assustava, pois
todos sabem que a luz atrai peixes de pequeno porte, e consequentemente, peixes
maiores,e era inevitável que essas ideias começassem a surgir, sem falar nasbaratinhas
d'água e na aflição de um encontro nada amigável com uma caraveladurante o
percurso, fato que ocorreu com os atletas Diana Gondim, Vitor Gaspar e outros.
Importante ressaltar tais situações fazem parte desse esporte fascinante e
radical chamado Maratonas Aquáticas, também conhecido como Natação em Águas
Abertas, onde os atletas enfrentam correntezas, ventos fortes,ondas e águas
geladas.
“Foi terrível!
(risos) No meio do percurso você não vê nada nem ninguém. É meio
desesperador estar em uma situação em que você não enxerga nada, mas faz
parte do desafio!Fui levemente queimada por uma caravela, várias baratinhas
d'água me morderam também, mas foi incrível e já estou esperando pela próxima”,
relatou a Professora Else Caroline, atleta da APCEF-PB.
Durante
o percurso, os atletas foram guiados pelos caiaques, pela embarcação do
Batalhão de Busca e Salvamento e pelo Stand UpPaddle do professor Clayton. Mesmo
alguns desviando um pouco da rota, situação mais que normal em se tratando de
águas abertas e ainda mais numa travessia noturna, todos chegaramem frente a
barraca “O Tubarão” e passaram pelas duas boias da chegada, totalizando
aproximadamente 1.400m de trajeto.
“Confesso que
fiquei surpreso com o grande número de participantes. Isso mostra como a
natação em águas abertas tem se renovado nos últimos anos”, declarou Alfredo
Pitú, um dos organizadores do evento.
Da esquerda para a direita, Prof. Clayton, Giselly Rodrigues (PE), Juliana Porto, Diana Gondim e Alfredo Pitú. Foto: Divulgação. |
Da esquerda para a direita: Flávio Roberto, Átila Brandão e Carlos Erisson. Foto: Divulgação. |
Os Campeões
Esses atletas entraram para a história juntamente com os demais
participantes.
MASCULINO
Campeão Átila Brandão #TubaraoParaibano 17min28s
2° Lugar Flávio Roberto 23min29s
3° Lugar Carlos Erisson 24min03s
FEMININO
Campeã Juliana Porto 24min38s
2° Lugar Giselly Rodrigues (PE) 27min28s
3° Lugar Diana Gondim 28min48s
Avaliação
Para o professor
Laércio Clayton do Clube Águas Abertas, idealizador e organizador do evento
junto com Alfredo Pitú, a 1ª Travessia Noturna de Jampa foi um sucesso e teve
vários pontos positivos dos quais ele destaca dois: a grande procura para a
inscrição da prova e o clima de confraternização e interação entre os
participantes. “Uma prova com essa característica, que consegue reunir quase 90
atletas em João Pessoa, é algo sem precedentes. Estou muito orgulhoso de ser o
pioneiro nesse tipo de evento por aqui, pois fomos pioneiros
também na cidade de Fortaleza-Ceará, onde já promovemos duas travessias
noturnas. Agora, é começar a planejar a próxima travessia, que promete ser
ainda maior que essa”, declarou Clayton.
Revisão: Advogada
Juliana Cavalcante (@julianacavalcanteadv)
Confira mais fotos do evento:
Família, Esporte e Amizade na noite de lua cheia. Foto: Castelo. |
O atleta Elcio Cunha, também entrou para a história do esporte paraibano. Foto: Castelo. |
Prof. Leodegário Arruda de camisa e bermuda branca com atletas da APCEF e amigos. Foto: Castelo. |
Atleta vibrando na noite da I Travessia Noturna de Jampa. Foto: Castelo. |
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