domingo, 24 de janeiro de 2010

SEIS MORTOS, UM DESAPARECIDO E OUTRO NA UTI

Capa do La Nacion relatando a tragédia da 80º Travessia entre as cidades de Encarnación (Paraguai) e Posadas (Argentina).
Meu Deus, olhe o nadador ao lado do casco do navio...
Equipe de resgate procurando os nadadores desaparecidos.

Sobe para seis o número de mortos na tragédia ocorrida, na manhã de sábado (16), durante prova de natação em águas abertas realizada no rio Paraná. Uma pessoa permanece desaparecida, enquanto o nadador paraguaio Santiago Collen encontra-se em coma na UTI do Hospital Ramón Madariaga na cidade argentina de Posadas.
Nomes dos nadadores mortos: argentino Luis “Lobo” Saide, oriundo da província de Santa Fé, Nicolás Leveski, Víctor Sessa, Fernando Sole Mases e Sebastián Rusescki. O sexto corpo ainda não foi identificado.
A simples observação dos fatores hidrológicos e meteorológicos, bem como doses de bom senso e prudência, poderiam ter evitado a tragédia, que provocou seis mortes, o desaparecimento de uma pessoa durante a travessia a nado das águas do rio Paraná.
Tal como noticiado pelo SopaBrasiguaia.com, além da cheia do rio fronteiriço, que na cidade de Encarnación, ponto de partida da tradicional “Travessia anual entre as cidades de Encarnación (Paraguai) e Posadas (Argentina)", inunda toda a parte baixa do centro histórico, chovia e ventava forte cerca de 30 minutos antes da largada.
Em tal momento, chegou-se a cogitar a suspensão da competição, que já está em sua 80ª edição e, neste ano, contaria pontos para o campeonato de natação em águas abertas da província argentina de Misiones, reunindo 59 nadadores e outras dezenas de socorristas e pessoal de apoio. Enquanto isso, segue em estado grave o Com os competidores na água, a tragédia teve início
no meio do rio, integrantes do pelotão intermediário da prova aquática foram surpreendidos por uma onda mais forte e arrastados ao local onde duas barcaças estavam ancoradas, à espera de autorização para seguir viagem pela hidrovia fronteiriça.
No total, mais de 30 pessoas tiveram de ser resgatadas pelos socorristas, entre eles, membros da própria equipe de resgate, jogados contra o casco das embarcações.
As responsabilidades sobre a tragédia estão sendo investigadas por autoridades paraguaias e argentinas, podendo recair, integralmente, sobre os organizadores da competição.
Lanchas da Prefeitura Naval (Capitania dos Portos) de Posadas (Argentina), cidade que seria o ponto de chegada da prova, resgataram outros 30 participantes, dos quais três tiveram de ser internados (um deles, com quadro de edema cerebral), em hospitais do lado argentino da fronteira.
Paralelamente, o governo da província de Misiones solicitou aos proprietários e pilotos de embarcações particulares que aderissem às buscas pelos desaparecidos, oferecendo-lhes combustível. A Prefeitura Naval, por sua vez, disponibilizou cinco lanchas, um helicóptero e uma brigada de mergulhadores.
Em terra, Juan Carlos Olihuela, presidente da Federação Paraguaia de Natação (FEPANA), admitiu, em declarações ao Canal 13, do Paraguai, que as condições meteorológicas e hidrológicas eram inadequadas para a realização da prova. Autoridades apuram as responsabilidades sobre o ocorrido.

Fonte: Blog SopaBrasiguaia.com

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