segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

EFEITO BORBOLETA NAS ÁGUAS ABERTAS DO CEARÁ

Posso jurar que muitos de vocês, ao lerem esse título - Efeito Borboleta nas Águas Abertas do Ceará - lembraram-se do filme Efeito Borboleta. E esse efeito tornou-se popularmente mais conhecido depois de ser levado às telas do cinema.
Mas, aqui, meus caros colegas, aqui no Ceará, nada de enredo de filme nem de cenas hollywoodianas. O caos é real. E para entendermos esse efeito, esse caos, temos que tratar não apenas a consequência desencadeada, mas, principalmente, a causa. Ou seja, matar o mal pela raiz.
Por tanto, venho, primeiramente, tornar público os meus agradecimentos ao atleta "Fulano de Tal" (não irei tornar público seu nome) que percebeu a falha cometida pela FCDA, ao pontuar os participantes das competições do ano de 2010.
Torno público também minha indignação aos inúmeros erros cometidos pela arbitragem, durante as etapas do III Circuito Cearense deste ano.
Essa descoberta só foi percebida, após o atleta acessar o Blog Águas Abertas do Ceará. Percebeu que seu nome não constava na lista dos participantes da 1ª e última etapa do circuito, da qual o mesmo participou, chegando inclusive a ganhar sua categoria na 1ª etapa do circuito. Seria cômico se não fosse, no mínimo, desagradável. O fato é que ele foi injustiçado na última etapa do circuito também, pois o mesmo concluiu a última etapa em tempo hábil (menos de 1h depois do primeiro colocado), e não teve seu ponto de bonificação aqui também acrescentado na sua pontuação final.
Agora, eu pergunto: caso esse atleta não tivesse observado o ranking, não tivesse tido esse olhar cuidadoso, nós estaríamos até agora divulgando resultados irreais, falsos e falhos? Concordam? Sem falar que vários outros atletas podem ter sofrido a mesma injustiça.
Podemos ir mais longe: de quem é o papel de observar, pontuar, estabelecer regras, divulgar rankings e resultados? Acredito que nosso, que fazemos a FCDA, a presidência, diretor técnico, diretor de maratonas aquáticas, equipe de arbitragem e todos que declaradamente são amantes das Águas Abertas deste estado.
O fato é que trocas de e-mails, muitas vezes, não tão doces, trocas de telefonemas, tudo isso, aconteceu nesse caos.
Outro dia, eu li ou vi em algum lugar que quando estamos em meio a ruínas é que podemos parar e avaliar o que temos feito. Lembro-me bem da frase; “Ruínas são um presente, são o caminho para a transformação.” Nós, que fazemos a FCDA, precisamos ser sucumbidos por alguém, por este atleta atencioso, para que pudéssemos rever nossos erros, olhar ao nosso redor, ver o caos, as ruínas que nós mesmos causamos. Agora, cabe também a nós nos transformarmos, nos reerguermos mais solidamente, cuidadosamente, profissionalmente e pessoalmente.
E tudo isso nos trouxe não apenas a possibilidade de corrigirmos nossos erros, mas também a oportunidade de atingirmos outras pessoas e colhermos bons frutos. O bom, no final das contas, é perceber que tudo na vida tem um lado positivo.
Depois de instaurado o caos, o efeito borboleta rendeu bons frutos. O primeiro foi exatamente o nome desse texto "Efeito Borboleta", que foi dado por um atleta e Educador Físico ao receber o e-mail, informando toda essa problemática instalada nas Águas Abertas do Ceará. Obrigado, companheiro, pela inspiração do nome desta matéria.
O segundo foi que um atleta (não irei tornar público seu nome), empresário local e amante das águas abertas, após receber tal e-mail, informou que vai colaborar com R$ 500,00 (quinhentos reais) em todas as etapas do circuito de 2011 e que também poderá colaborar nas aquisições das medalhas de finisher via a Rema (empresa que confecciona medalhas e troféus).
Terceiro, uma reunião foi marcada para que possamos discutir os erros de 2010 e encontrarmos novas estratégias de aperfeiçoamento no tocante às competições de Águas Abertas no Ceará.
Muito obrigado, mesmo, agradeço do fundo do meu coração a todos os envolvidos nesse Efeito Borboleta que vivenciamos para que tudo isso acontecesse.
Vida longa às Águas Abertas do Ceará e do Mundo.

Observação:

Para quem não sabe o que significa efeito borboleta, basta ler esses dois parágrafos abaixo:

Efeito Borboleta é um termo que se refere às condições iniciais dentro da teoria do caos. Este efeito foi analisado pela primeira vez em 1963 por Edward Lorenz. Segundo a cultura popular, a teoria apresentada, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo. Porém isso se mostra apenas como uma interpretação alegórica do fato. O que acontece é que quando movimentos caóticos são analisados através de gráficos, sua representação passa de aleatória para padronizada depois de uma série de marcações onde o gráfico depois de analisado passa a ter o formato de borboleta.
Efeito borboleta faz parte da teoria do caos, a qual encontra aplicações em qualquer área das ciências: exatas (engenharia, física, etc.), médicas (medicina, veterinária, etc.), biológicas (biologia, zoologia, botânica, etc.) ou humanas (psicologia, educação física "esporte", sociologia, etc.), na arte ou religião, entre outras aplicações, seja em áreas convencionais e não convencionais. Assim, o Efeito Borboleta encontra também espaço em qualquer sistema natural, ou seja, em qualquer sistema que seja dinâmico, complexo e adaptativo.
Teoria do caos, para a física e a matemática, é a teoria que explica o funcionamento de sistemas complexos e dinâmicos. Em sistemas dinâmicos complexos, determinados resultados podem ser "instáveis" no que diz respeito à evolução temporal como função de seus parâmetros e variáveis. Isso significa que certos resultados determinados são causados pela ação e a interação de elementos de forma praticamente aleatória.
Além disso, mesmo que o número de fatores influenciando um determinado resultado seja pequeno, ainda assim a ocorrência do resultado esperado pode ser instável, desde que o sistema seja não-linear. (Fonte: site Wikipédia)
Vida longa às Águas Abertas do Ceará e do Mundo.

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